MÓDULO 5
CONSELHOS LOCAIS DE JUVENTUDE E PLANOS DE AÇÃO ESTRATÉGICOS
1. SUMÁRIO
Título do módulo | Conselhos Locais de Juventude e Planos de Ação Estratégicos |
Resumo | Este módulo irá melhorar a sua compreensão dos modelos e mecanismos de envolvimento dos jovens, identificados como formas estruturadas de envolver os/as jovens numa participação significativa, garantindo que as suas vozes são ouvidas e que os seus contributos são valorizados na sociedade. O objetivo é mostrar a diversidade de abordagens para impulsionar o envolvimento dos/as jovens e capacitá-los/as, enquanto procura inspirar profissionais e decisores/as políticos/as a incluir a perspetiva dos/as jovens na tomada de decisões. Estas intenções serão executadas através da apresentação de boas práticas e ferramentas úteis, baseadas em métodos de educação não formal, apoiando e aumentando a compreensão dos leitores. |
Resultados de Aprendizagem |
(1)Compreender a estrutura e o papel dos Conselhos Locais de Juventude Adquire conhecimentos sobre os princípios e modelos dos conselhos de juventude e sobre o seu funcionamento nas estruturas de governação.
(2) Identificar e aplicar ferramentas para a participação dos jovens Explora ferramentas e quadros práticos para aumentar a participação dos jovens, abordando a inclusão, a participação eletrónica e a cooperação com as partes interessadas locais.
(3) Desenvolver planos de ação estratégicos para a participação dos jovens Adquire competências para conceber e implementar planos de ação estratégicos, centrados no aumento do envolvimento dos jovens na tomada de decisões a vários níveis de governação.
(4) Promover a participação de qualidade e a liderança no envolvimento dos jovens Compreende os princípios da participação de qualidade, incluindo a transparência, a responsabilidade e a tomada de decisões partilhadas.
|
O seu Guia de Aprendizagem para o Módulo | O módulo começa por introduzir o papel dos Conselhos Locais de Juventude (CLJ) no quadro mais alargado da governação local. Os CLJ são fundamentais na representação dos interesses dos/as jovens, assegurando que as políticas locais estão alinhadas com as suas necessidades e aspirações. Ao longo do módulo, irá explorar diferentes modelos de conselhos de juventude, como funcionam e o seu potencial para influenciar as políticas locais e o desenvolvimento da comunidade. Além disso, o foco está nas ferramentas e metodologias para melhorar a participação de jovens. Aprende sobre ferramentas práticas, como o orçamento participativo e outras abordagens inovadoras, tais como conselhos consultivos, conselhos consultivos e comissões participativas que foram implementados com sucesso em diferentes regiões e que capacitam jovens para assumir um papel ativo nas suas comunidades. As ferramentas que são apresentadas, tais como a “Carta de Qualidade sobre os CGJ Participativos e Inclusivos” e o manual “Tem uma palavra a dizer!”, oferecem orientações práticas e indicadores para assegurar a inclusão, a transparência e a responsabilidade no envolvimento de jovens e métodos práticos para o seu envolvimento na governação local. Estas ferramentas não só tornam a participação mais acessível, como também encorajam a representação inclusiva, especialmente de jovens marginalizados/as. É encorajado/a a aplicar estas ferramentas em cenários reais ou simulados, explorando a forma como podem ser adaptadas para se adequarem a diferentes contextos e necessidades locais. Uma componente chave do módulo é o desenvolvimento de planos de ação estratégicos, destinados a aumentar a participação de jovens na governação. Será guiado através do processo de conceção destes planos, assegurando que são inclusivos, sustentáveis e alinhados com as políticas locais. O objetivo é compreender de que modo o planeamento estratégico pode promover um envolvimento significativo e a longo prazo dos jovens na governação local. Vai aprender a avaliar o sucesso destes planos, assegurando que continuam a responder às necessidades em evolução dos jovens e das suas comunidades. O módulo enfatiza a importância da participação e liderança de qualidade no envolvimento de jovens. Aprofunda os princípios de transparência, responsabilidade e tomada de decisões partilhada, que são cruciais para garantir que os conselhos de juventude funcionam eficazmente e ganham a confiança dos jovens e das autoridades locais. Através de estudos de caso e exercícios práticos, desenvolve competências de liderança e aprende a orientar e a guiar jovens líderes para que assumam papeis significativos nos seus conselhos. Este módulo aborda os desafios que os conselhos de jovens enfrentam, tais como assegurar uma representação diversificada, evitar o tokenismo e navegar nas complexidades da política local. Irá explorar estratégias para ultrapassar estes obstáculos, aprendendo a criar um conselho de jovens mais inclusivo e com maior impacto que promova a governação colaborativa e a cidadania ativa. No final do módulo, terá adquirido uma compreensão completa de como melhorar a participação de jovens através de estruturas de governação eficazes, ferramentas práticas e planeamento estratégico. Ficará habilitado a apoiar e a liderar os conselhos de juventude, assegurando que estes continuam a ser plataformas de resposta para o envolvimento de jovens. Para além disso, terá as competências necessárias para promover a liderança, a inclusão e a colaboração no envolvimento de jovens, tanto na sua comunidade como fora dela. |
2. FERRAMENTAS
Nome da Ferramenta | MOOC sobre a participação dos jovens e os conselhos locais de juventude |
Weblink | https://hop.salto-youth.net/courses/YouthParticipationLocalCouncils |
Resultados Relevantes de Aprendizagem | Compreender a estrutura e o papel dos Conselhos Locais de Juventude Adquire conhecimentos sobre os princípios e modelos dos conselhos de juventude e sobre o seu funcionamento nas estruturas de governação. |
Para que serve a ferramenta | O MOOC sobre Participação Juvenil e Conselhos Locais de Juventude foi concebido para fornecer conhecimentos abrangentes sobre a estrutura, o impacto e os desafios dos Conselhos Locais de Juventude. Destina-se a jovens, técnicos/as de juventude e decisores locais, dotando-os/as de competências práticas para melhorar a participação de jovens e a governança local. |
Razão da escolha da ferramenta para este projeto | Este MOOC é ideal para o projeto, uma vez que se alinha com o resultado de aprendizagem de compreender a estrutura e o papel dos Conselhos Locais de Juventude. Oferece uma abordagem estruturada e global à participação de jovens, tornando-a acessível a todas as partes interessadas envolvidas na governança local, enquanto promove práticas de envolvimento de jovens de elevada qualidade. |
Dicas para utilização eficaz | ● Incentive os/as participantes a concluir os sete módulos, para uma compreensão abrangente do Conselho Local de Juventude. Para cada módulo, crie uma lista de objectivos-chave, para ajudar os/as participantes a concentrarem-se no que devem alcançar e a refletirem sobre o conteúdo. ● Facilite discussões em grupo para complementar o MOOC, permitindo que os participantes reflitam sobre o conteúdo do curso e o apliquem ao seu contexto local. “Como é que a estrutura de um Conselho Local da Juventude está tipicamente organizada no seu país ou região? Como é que se compara com o que foi descrito no curso? Quais são alguns dos desafios que os Conselhos Locais de Juventude enfrentam na sua área ou comunidade (por exemplo, falta de recursos, resistência política, problemas de envolvimento)?” |
Nome da Ferramenta | Carta de Qualidade para Conselhos Locais de Juventude inclusivos e com participação jovem |
Weblink | https://drive.google.com/file/d/1wmZgWujqUUvix5NTesulcZt8h4w9IHRY/view |
Resultados Relevantes de Aprendizagem | Promover a participação de qualidade e a liderança no envolvimento dos jovens. Compreende os princípios da participação de qualidade, incluindo a transparência, a responsabilidade e a tomada de decisões partilhadas. |
Para que serve a ferramenta | A Carta de Qualidade serve como um quadro de análise, para avaliar e melhorar a qualidade dos Conselhos Locais de Juventude (CLJs). Fornece um conjunto de indicadores e diretrizes práticas, para garantir que os Conselhos Locais de Juventude são inclusivos, participativos e têm um impacto sustentável. Capacita os conselhos para criarem estruturas transparentes e responsáveis para a liderança de jovens. |
Razão da escolha da ferramenta para este projeto | Esta ferramenta é crucial para garantir que a participação dos jovens não seja apenas simbólica, mas significativa. Equipa os conselhos de juventude, com um quadro de melhoria contínua, assegurando que os/as jovens estão ativamente envolvidos/as nos processos de liderança e de tomada de decisões. A ferramenta é particularmente útil no desenvolvimento de capacidades de liderança e na promoção da transparência. |
Dicas para utilização eficaz | ● Realizar autoavaliações regulares, utilizando a Carta para identificar as áreas a melhorar. ● Envolver os membros do conselho de jovens na definição de objetivos SMART, com base nos indicadores da Carta, para melhorar as práticas de liderança. ● Utilizar a Carta em workshops com as autoridades locais, para promover a colaboração e garantir que as vozes de jovens são integradas em estruturas de governação mais amplas. |
Nome da Ferramenta | “Tem uma palavra a dizer!” Manual sobre a Carta Europeia revista da Participação dos Jovens na Vida Local e Regional |
Weblink | https://rm.coe.int/16807023e0 |
Resultados Relevantes de Aprendizagem | Desenvolver planos de ação estratégicos para a participação dos jovens Adquire competências para conceber e implementar planos de ação estratégicos, centrados no aumento do envolvimento de jovens na tomada de decisões a vários níveis de governação. |
Para que serve a ferramenta | O manual “Tem uma palavra a dizer!” fornece métodos práticos para envolver os jovens na governação local e nos processos participativos, como o desenvolvimento de planos de ação estratégicos. Equipa os facilitadores com ferramentas para envolver jovens na definição das decisões comunitárias, fomentando a cidadania ativa e promovendo a participação inclusiva e democrática na vida regional e local. |
Razão da escolha da ferramenta para este projeto | Esta ferramenta foi escolhida porque oferece orientações detalhadas sobre a criação de planos de ação estratégicos para a participação de jovens, desde o planeamento inicial até à monitorização e avaliação. Ajuda os/as facilitadores/as a compreender os diferentes modelos de participação, oferecendo tanto conhecimentos teóricos, como passos práticos, para envolver jovens na tomada de decisões, assegurando um envolvimento significativo e sustentável. |
Dicas para utilização eficaz | ● Experimente seguir o processo passo-a-passo descrito no manual, para criar planos de participação de jovens adaptados ao contexto do seu município. ● Utilize o capítulo sobre atividades educativas como parte da formação de facilitadores/as ou jovens, introduzindo métodos que incentivem a participação de jovens. ● Colabore com as autoridades locais para implementar conselhos de jovens ou fóruns de participação, integrando as atividades educativas para criar envolvimento. |
3. ATIVIDADES
Título da atividade 1 | O Losango da Política |
Objetivo da Atividade | ● Refletir sobre a política de juventude a nível local ● Analisar as políticas locais de juventude nos contextos dos participantes |
Duração | 65 – 75 minutos |
Online, presencial ou híbrido | Esta atividade pode ser realizada num ambiente online ou presencial. |
Preparação para a atividade | Copie os conjuntos de cartões “Políticas de juventude” para cada pequeno grupo participante Cartões: 1. Política para o desporto, lazer, vida associativa 2. Política específica para as regiões rurais 3. Política para o desenvolvimento sustentável e para o ambiente 4. Política do ambiente urbano e do habitat, da habitação e dos transportes 5. Política de mobilidade e de intercâmbios 6. Política de promoção do emprego dos/as jovens 7. Política de educação e formação que promove a participação dos jovens 8. Política de luta contra a discriminação 9. Política de saúde 10. Política de igualdade entre homens e mulheres 11. Política de acesso à cultura 12. Política de combate à violência e à criminalidade 13. Política em matéria de LGBTQI+ 14. Política de acesso aos direitos e à proteção da lei |
Como implementar a Atividade. Passo a passo. | Introdução (10 min): ● Brainstorming em plenário sobre o significado de “política local” no domínio da juventude”; anotar os resultados num flipchart. ● Dividir os/as participantes em pequenos grupos; dar um conjunto de cartões a cada grupo. Instruções (5 min): ● Cada grupo discute a relevância das políticas mencionadas nos cartões para as suas próprias situações. ● De seguida, devem negociar quais as políticas mais relevantes para os/as jovens, tendo em conta a sua realidade local, e quais as menos relevantes. Losango da Política (30 min): ● Cada grupo tem de criar com os cartões um “losango de políticas”, selecionando 9 cartões e colocando a política mais relevante no topo do losango; por baixo deste, devem ser colocados dois cartões lado a lado, que devem representar as políticas mais relevantes seguintes; o meio do losango deve ser constituído por três cartões que representam políticas moderadamente relevantes; por baixo destes, devem seguir-se dois cartões que mostram políticas menos relevantes e, finalmente, na base do losango, deve haver um cartão que representa a política menos relevante para os contextos dos/as participantes. ● Os/as participantes podem deitar fora os restantes cartões/políticas. Plenário (20 min): ● No plenário, cada grupo apresenta o seu losango aos restantes e explica as suas escolhas. Avaliação (10 min): ● Reflita com o grupo sobre os resultados da atividade, utilizando as perguntas sugeridas na secção seguinte.. |
Dicas para a formação | Pode eventualmente acrescentar um “cartão em branco”, onde os/as participantes acrescentam uma política específica (ainda não incluída no cartão) que considerem extremamente relevante para a sua comunidade local. Avaliação da atividade: ● Quais são as principais diferenças entre os losangos? ● De que modo as políticas locais influenciam a participação de jovens? ● O que significa “relevante” para vocês? Como é que definiram esta palavra para este exercício? ● Que políticas são consideradas as mais relevantes para todos os grupos? Porquê? ● Estão satisfeitos com o resultado do vosso trabalho? Porquê? ● Qual foi a vossa influência em todo o processo de negociação? ● O que é que aprenderam com este exercício? |
Materiais, equipamento, infraestruturas necessárias | ● Não é necessário um espaço específico ● Cartões “Políticas de Juventude” ● Flipcharts e canetas |
Links para ferramentas online tools e recursos | A atividade pode ser realizada online, utilizando as funcionalidades da aplicação de videoconferência para criar pequenos grupos e a aplicação de documentos colaborativos (ou seja, Google Docs) para a etapa do losango. |
Orientei efetivamente os/as participantes durante as fases de brainstorming e de discussão em grupo? Os/as participantes estavam ativamente envolvidos e a contribuir para a conversa? |
Dei apoio e orientação adequada aos/às participantes ao longo da atividade? Puderam fazer perguntas e receber explicações claras? |
Fiz um balanço eficaz da atividade no final, resumindo os pontos-chave e incentivando a reflexão? Os/as participantes foram capazes de relacionar a atividade com as suas próprias experiências e com a compreensão da política de juventude? |
Título da atividade 2 | Exercício de simulação “Juventude em ação” |
Objetivo da Atividade | ● Explorar abordagens à participação, representadas por diferentes figuras a nível local ● Identificar os interesses das figuras locais envolvidos no apoio à participação de jovens ● Procurar formas práticas de criar uma estrutura participativa para jovens, a nível local ● Formar os/as participantes na tomada de decisões e na procura de consensos ● Experimentar uma reunião oficial para representar interesses e trocar pontos de vista |
Duração | 70 minutos |
Online, presencial ou híbrido | Esta atividade pode ser realizada tanto online, como presencialmente.. |
Preparação para a atividade | Cópia de folhetos Cenário Oldtown é uma cidade no estado de Seniorland, um país democrático sem uma política de juventude desenvolvida. Embora vivam muitos jovens em Oldtown e existam mais de 20 organizações juvenis, a juventude nunca desempenhou um papel muito ativo na tomada de decisões da comunidade. Após as eleições de há quinze meses, a nova presidente da câmara, a Sra. Young, decidiu tornar-se mais pró-ativa no envolvimento dos jovens. Anunciou o novo programa “Juventude em Ação”, destinado a reforçar a participação dos jovens, bem como a aumentar e intensificar a cooperação entre jovens e autoridades locais. No âmbito deste programa, pretende dar início à criação de um parlamento local de jovens. Para preparar a criação deste parlamento local de jovens, o presidente da câmara está a convocar uma reunião consultiva que envolve diferentes grupos de interesse e parceiros para decidir o formato e a natureza da iniciativa do presidente da câmara. Participam na reunião as seguintes pessoas: – a presidente da Câmara Municipal, que preside à reunião de hoje (é também vice-presidente do Comité das Autoridades Locais e Regionais de Seniorland); – o líder da oposição política de Oldtown; – o vice-presidente do parlamento municipal, que é também presidente da Comissão dos Orçamentos; – o diretor da escola secundária local; – o vice-presidente da associação de pais da escola local; – o porta-voz do grupo “Voluntários Seniores para a Infância”; – o padre da igreja católica local; – o treinador da bem sucedida equipa de futebol juvenil de Oldtown; – um investigador do Instituto de Investigação Sociológica da Universidade de Oldtown; – um membro da direção de uma organização internacional não governamental de juventude; – o presidente do conselho de juventude de Oldtown; – o secretário-geral de uma organização juvenil minoritária; – um membro de uma das organizações de juventude de Oldtown; – o técnico de juventude da comunidade; – o responsável pelo desenvolvimento da comunidade; – o diretor executivo de uma empresa local; – quatro jovens. A reunião de hoje debruça-se sobre as seguintes questões – A criação de um parlamento juvenil local é desejada e necessária? – Em caso afirmativo, que formato deve assumir? – Qual deve ser o mandato de um parlamento local de jovens? Descrição das funções ● A tua descrição pessoal de funções. ● Lê-a com muita atenção e não a mostres a ninguém. ● Tenta imaginar como esta pessoa agiria. És a presidente da câmara de Oldtown Ganhaste as eleições do ano passado com uma vitória esmagadora, derrotando o PPS (Partido Popular Sénior), que governa há muito tempo, e o antigo presidente da câmara. Uma das razões que te levaram a ganhar as eleições foi o facto da tua campanha eleitoral ter dado ênfase aos jovens e à política de juventude. Estás determinado/a a fazer algo para melhorar a situação dos jovens, a sua participação na sociedade e a cooperação entre a tua administração e a juventude. Há algumas semanas, apresentaste o teu novo programa “Juventude em ação”, destinado a reforçar a participação dos jovens, bem como a aumentar e intensificar a cooperação entre os jovens e as autoridades locais. No âmbito deste programa, pretendes dar início à criação de um parlamento local de jovens. Para preparar a criação deste parlamento local de jovens, estás a convocar uma reunião consultiva que envolva diferentes grupos de interesse e parceiros. Esperas que esta reunião seja positiva e construtiva porque, embora gostes da ideia de um parlamento de jovens, não tens muita informação sobre como deve funcionar e como pode ser criado. Estás muito entusiasmado/a e queres demonstrá-lo. Tens 55 anos e és membro do partido da oposição Viveste toda a tua vida na cidade, és membro do partido há vinte e cinco anos e és o/a antigo presidente da câmara. Consideras que os/as jovens devem aderir a um partido político se quiserem participar e não vês necessidade de qualquer estrutura representativa da juventude. Por conseguinte, és contra a ideia do Presidente da Câmara e tentas contrariá-la.. És o vice-presidente do parlamento da cidade És também presidente da Comissão do Orçamento Municipal. Há anos que trabalhas para conseguir um orçamento equilibrado e conseguiste alcançá-lo finalmente no ano passado. Pretendes manter um excedente orçamental por todos os meios possíveis. No entanto, tens boas relações com a Presidente da Câmara. Apoias a sua iniciativa com alguma relutância. Não te importarias se a iniciativa não se concretizasse. És o diretor/a da escola secundária local A maioria dos/as jovens que seriam afetados/as pela proposta de parlamento de jovens frequenta a tua escola. Já têm a oportunidade de participar no funcionamento e na gestão democrática da escola através dos/as representantes de turma. Preocupa-te o facto de o parlamento de jovens poder desviar a atenção e, sobretudo, os recursos financeiros das atividades extracurriculares e de lazer já oferecidas na escola. De um modo geral, pensas que o dinheiro seria mais bem investido na renovação das instalações desportivas da escola e não vês o interesse da iniciativa. Receias também que a Presidente da Câmara tenha proposto esta iniciativa para obter a aprovação da ONG internacional que atua na zona e que se trate, na realidade, de um golpe publicitário. Não acreditas que o/a Presidente da Câmara esteja realmente interessado/a em promover a participação de jovens. És contra esta iniciativa e defendes vigorosamente a tua posição. És o pai/mãe preocupado/a de uma das crianças da escola És membro ativo e vice-presidente da associação de pais da escola local. Investiste muito tempo e energia no apoio aos delegados de turma e à direção da escola. Acreditas no sistema estabelecido e na participação dos delegados de turma no processo de decisão da escola. A maioria dos jovens vai à escola e, por isso, vês a iniciativa como uma espécie de perda de tempo e uma duplicação de esforços. Receias que a iniciativa provoque uma concorrência desnecessária com a democracia escolar para a qual estás a trabalhar. És contra esta iniciativa. És pai ou mãe de um dos jovens Participas nas atividades extracurriculares da escola. És também porta-voz de uma iniciativa chamada “Voluntários Seniores para a Infância”. De vez em quando, o/a diretor/a pede-te que vás à escola para ajudar e supervisionar as atividades extracurriculares. Fazes isso com prazer, mas tens dificuldade em limitar-te a observar as atividades e a supervisionar, pois muitas vezes sentes-te forçado a envolver-te, porque os/as jovens são mal comportados/as e não são capazes de gerir as suas tarefas sozinhos. Receias que as atividades extracurriculares em que participas fiquem a perder (em número) para o Parlamento de Jovens proposto. Também duvidas que qualquer iniciativa que queira dar tanta responsabilidade a jovens possa realmente funcionar. Estás cético/a em relação a toda esta iniciativa. És o padre da igreja local Estás cada vez mais preocupado com o facto de jovens locais não estarem interessados em vir à igreja ou às atividades paroquiais. Estás contente por ter sido convidado para este encontro, pois estarão presentes vários/as jovens e representantes de organizações juvenis, e estás interessado em saber o que interessa aos jovens. No fundo, apoias esta iniciativa, uma vez que os/as jovens se afastam cada vez mais de Deus, e tudo o que possa incentivar os/as jovens a interessarem-se mais pela vida comunitária será bom para as atividades da tua paróquia. És o/a treinador/a da equipa de futebol da escola És uma pessoa muito ativa e dinâmica, que gosta de ver jovens a envolverem-se e a tomarem iniciativa e responsabilidade pelas coisas que lhes interessam e pelas questões que os preocupam. No entanto, a tua equipa de futebol tem sofrido com a falta de apoio financeiro e concordas com o/a diretor/a que talvez fosse melhor investir o dinheiro nas instalações desportivas da escola, uma vez que estas parecem ser as atividades mais procuradas por jovens locais. Estás perante um dilema: apoias qualquer iniciativa para promover a participação de jovens, mas estás preocupado/a com a concorrência que o parlamento irá criar, para obter mais recursos financeiros. És investigador/a no Instituto de Investigação Sociológica da Universidade de Oldtown Atualmente, o teu principal tema de investigação é o estudo da cidadania, mas a tua verdadeira paixão é a investigação sobre jovens. Esta iniciativa apanhou-te de surpresa e estás motivado para participar, porque uma das tuas principais áreas de interesse são os modos de participação de jovens na tomada de decisões e na elaboração de políticas locais. Tens muitos conselhos para dar na reunião, sobre a abordagem “participativa” da consulta e da elaboração de políticas, pois estiveste recentemente numa conferência internacional sobre este tema, organizada pelo Conselho da Europa em Estrasburgo. Nessa conferência, os parlamentos de jovens foram felicitados como exemplos de boas práticas de participação, nomeadamente quando os/as jovens participam na sua criação desde o início. És a favor desta iniciativa e apresentas argumentos “baseados em provas” da tua própria investigação para defenderes vigorosamente a tua posição. És o/a representante de uma ONG internacional de estudantes A tua ONG ocupa-se com as políticas educativas, da defesa dos direitos dos/as estudantes e da organização de intercâmbios internacionais de jovens. Acreditas na ideia da presidente da câmara como algo que trará uma mudança real e positiva na comunidade local. Estás convencido que a iniciativa será bem sucedida, porque todos os outros países democráticos têm estruturas locais que ajudam a representar a opinião dos/as jovens e a resolver questões importantes em conjunto com as autoridades locais. Oldtown não dispunha, até à data, de qualquer estrutura de trabalho séria (existe um conselho local de juventude, mas este apenas reúne várias pequenas organizações e é diletante no que respeita ao incentivo à juventude). És o/a presidente do conselho local de juventude. O teu conselho foi criado há muitos anos e tem funcionado de forma eficaz. Todas as organizações juvenis estão satisfeitas com as tuas atividades e o teu trabalho. Achas que a ideia do/a presidente da câmara não é relevante para Oldtown, porque o conselho de juventude que representas já realiza todas as funções que um parlamento jovem desempenharia. És fortemente contra a ideia e acreditas que as organizações juvenis e os jovens, em geral, não precisam de parlamentos jovens. Consideras que estes são elitistas, não representativos e, por isso, não têm legitimidade. Como uma estrutura sombra, não têm poder de decisão e são constantemente utilizados por políticos para justificar decisões impopulares. Com base na tua experiência, acreditas também que um parlamento jovem é uma estrutura demasiado grande para ser eficaz e eficiente, e argumentas veementemente contra a iniciativa. És o/a representante da organização de jovens das minorias locais A tua organização reúne três minorias nacionais que vivem na cidade. As atividades da tua organização são extremamente importantes porque ajudam a preservar culturas e tradições. Representas jovens das minorias junto das autoridades locais, assim como junto de outras organizações e estruturas. Conseguiste estabelecer boas relações com o município, e a tua organização tem colaborado com eles em vários projetos comuns. Não estás muito contra a ideia do presidente da câmara, mas queres garantir que o parlamento jovem representará verdadeiramente os jovens de Oldtown, incluindo as suas minorias. Por isso, tentas convencer o presidente da câmara a incluir uma quota que assegure a participação de jovens das minorias. És membro do clube juvenil local. O teu clube enviou-te a esta reunião para obteres mais informações sobre a ideia do presidente da câmara. Gostas, de forma geral, da ideia de um parlamento jovem, mas queres garantir que o teu clube terá um papel importante na criação e gestão do parlamento, porque são o maior clube juvenil da cidade. És técnico/a de juventude e terminaste uma licenciatura no ano anterior És entusiasta e motivado para apoiar jovens de todas as formas possíveis. Apoias a iniciativa do/a presidente da câmara, mas receias que ele/ela esteja a usar esta ideia para alcançar objetivos políticos pessoais. É claro que não podes expressar isso diretamente na reunião, mas queres garantir que a iniciativa criará uma estrutura sustentável para a participação de jovens. Sempre que possível, colocas questões nesse sentido, certificando-te de que esta iniciativa será mais do que um golpe publicitário. Tens trabalhado com diferentes comunidades da cidade há cerca de sete anos. Geralmente, trabalhas bem com o/a técnico/a de juventude, mas estás preocupado/a que a iniciativa do presidente da câmara desvie o foco do teu trabalho para o trabalho do/a teu/tua colega. Apoias oficialmente a iniciativa do/a presidente da câmara, mas, em privado, não estás muito inclinado/a a vê-la acontecer. Na reunião, tentas destacar o valor acrescentado e o impacto do trabalho intergeracional no desenvolvimento da comunidade. És proprietário/a de um negócio local. Estás constantemente à procura de novas oportunidades de negócio. Gostarias de te tornar amigo/a do/a presidente da câmara, porque acreditas que isso pode gerar algumas oportunidades para ti. Por isso, apoias totalmente a iniciativa do/a presidente da câmara. Estarias disposto/a a apoiá-la financeiramente sob certas condições. És o/a melhor aluno/a da tua escola. Foste enviado/a para esta reunião por um dos/as teus/tuas professores/as. Não percebes o que se passa durante a reunião, mas estás realmente interessado/a em compreender. Consequentemente, continuas a pedir às pessoas que expliquem o que realmente querem dizer e o que significam as coisas que não compreendeste. Quanto mais perguntas, melhor! Tens 17 anos e estás interessado/a em política local. Vês muitas iniciativas realizadas na tua comunidade local em benefício de jovens que fracassaram (devido ao pouco ou nenhum compromisso das autoridades locais e dos/as próprios/as jovens). Na tua opinião, a nova iniciativa do/a presidente da câmara será apenas mais uma iniciativa falhada nesta comunidade. Gostarias de impedir que esta iniciativa acontecesse de todo, porque achas que não tem sentido, e deixas isso muito claro sempre que podes durante a reunião. Estás farto/a da tua família Também estás farto/a da escola e, especialmente, das autoridades (de todas as autoridades: locais, governo e tudo o resto). Estás convencido/a que deveriam simplesmente parar de incomodar os/as jovens e deixá-los/as em paz. Achas que este parlamento jovem é mais uma “ideia genial” das autoridades locais para controlarem os/as jovens. O que queres é liberdade! Não queres envolver-te em nada que tenha qualquer ligação com as autoridades locais, mas decidiste participar na reunião para teres a oportunidade de dizer a esta presidente da câmara maluca o que pensas: que os/as jovens precisam de espaço para participar sem que lhes imponham uma estrutura de controlo. Tens 16 anos. O teu amigo de Youngtown contou-te como o parlamento jovem deles funciona maravilhosamente. Quando leste sobre a ideia do/a presidente da câmara no jornal, ficaste muito entusiasmado/a. Achas a ideia fantástica e queres apoiá-la, assim como ao/à presidente da câmara, sempre que possível. Também gostarias, claro, de te envolver pessoalmente. |
Como implementar a Atividade. Passo a passo. | Cronograma: ● 15 min – Introdução ao exercício ● 45 min – Preparação e simulação da reunião ● 10 min – Discussão e avaliação 1. Explique ao grupo que eles/elas serão convidados/as numa cidade onde o presidente da câmara quer lançar o programa “Juventude em Ação” para criar um parlamento jovem local. 2. Apresente o cronograma da simulação e da avaliação. 3. Distribua cópias do cenário aos/às participantes e dê-lhes algum tempo para o lerem atentamente. 4. Distribua os papeis individuais e instrua os/as participantes a não os mostrarem a ninguém. Dê alguns minutos para que os/as participantes imaginem a pessoa que irão representar durante a simulação. 5. Se houver observadores/as, entregue-lhes folhas com perguntas e forneça instruções detalhadas, se necessário. Peça aos/às observadores que se sentem no fundo da sala. |
Dicas para a formação | Avaliação após a atividade: 1. Gostaste da simulação? 2. Qual foi o teu papel e como o desempenhaste? 3. Neste ponto da avaliação, as folhas com as descrições de todos os papéis podem ser distribuídas. Em alternativa, se houver tempo, os/as participantes podem ler em voz alta o papel que desempenharam durante a simulação. 4. Como foram tomadas as decisões? 5. Quais foram os argumentos que levaram a uma decisão? 6. A decisão foi democrática? O processo permitiu participação? 7. Quais foram as impressões dos observadores/as? 8. O que farias de forma diferente se pudesses realizar novamente a reunião? 9. A reunião foi realista? Poderia ter acontecido na realidade? 10. O resultado foi satisfatório em relação ao objetivo de promover a participação e a cooperação? 11. O que aprendeste ou descobriste durante o exercício? 12. Para os formadores/aas e líderes de grupo: se fossem usar este exercício num dos seus programas, quando e com que objetivos o usariam? |
Materiais, equipamento, infraestruturas necessárias | ● Uma cópia do cenário para cada participante; ● Atribuição de um papel a cada participante (preparado com antecedência, incluindo os nomes dos/as participantes); ● Uma folha com descrições dos papeis e perguntas para cada observador/a (se aplicável); ● Sala de reuniões, organizada em círculo ou em quadrado, com mesas e cadeiras; várias salas ou espaços mais pequenos para reuniões; ● Papel e canetas; ● Uma cópia de todas as descrições dos papeis para cada participante no final da simulação. |
Links para ferramentas online tools e recursos | A atividade pode ser realizada online, utilizando as funcionalidades de aplicações de videoconferência para criar pequenos grupos (como o Zoom) e aplicações de documentos colaborativos (por exemplo, Google Docs ou Google Sheets). |
Com que eficácia os/as participantes assumiram e incorporaram os papeis que lhes foram atribuídos, e como é que estas dinâmicas de papeis influenciaram o processo de tomada de decisão durante a simulação? |
Quais foram as estratégias mais bem-sucedidas na promoção de um diálogo construtivo e na construção de consensos entre as diversas partes interessadas durante a reunião simulada, e como é que estas estratégias podem ser aplicadas a processos participativos na vida real? |
Como é que a atividade de simulação destacou os desafios e oportunidades na criação de estruturas participativas para a juventude, e que lições-chave podem ser aplicadas ao desenhar e implementar uma estratégia de participação juvenil no futuro? |
Título da atividade 3 | Exercício das Afirmações |
Objetivo da Atividade | ● Sensibilizar os participantes para as suas próprias atitudes e limitações ao trabalhar questões de participação. ● Ampliar as perspetivas e abordagens dos participantes ao lidar com a participação juvenil. ● Usar e desenvolver habilidades de discussão. |
Duração | 60 minutos |
Online, presencial ou híbrido | Esta atividade pode ser conduzida num ambiente online ou presencial. |
Preparação para a atividade | Escrever as afirmações “Concordo” e “Discordo” em páginas separadas de um flipchart. Traçar uma linha no meio da sala para representar a fronteira entre aqueles que concordam e os que discordam. |
Como implementar a Atividade. Passo a passo. | 1. Começa com uma breve introdução sobre a participação dos/as jovens, a importância da colaboração entre as várias figuras e os desafios da participação no dia-a-dia. 2. Explica que vais agora ler uma série de afirmações com as quais as pessoas podem concordar ou discordar em diferentes graus. 3. Aponta as duas posições extremas: “Concordo” e “Discordo”. Pede às pessoas que se posicionem num dos lados da linha. Quem não souber pode posicionar-se no meio. 4. Lê as afirmações uma de cada vez. Após cada afirmação, dá algum tempo para as pessoas se posicionarem. 5. Pede aos participantes para explicarem porque escolheram a sua posição e qual a sua perspetiva sobre a questão. Explica que os participantes podem mudar de posição durante a discussão. Dá tempo suficiente para que todos possam discutir. 6. Após alguns minutos, lê a próxima afirmação. 7. Quando todas as afirmações tiverem sido debatidas, reúne o grupo novamente para uma avaliação. |
Dicas para a formação | Sugestões para Afirmações: ● Os/as jovens não estão interessados em participar. ● Os/as jovens só participam quando têm problemas. ● As autoridades locais apoiam a participação dos/as jovens apenas quando isso é politicamente útil para eles/as. ● Alguns/algumas jovens não participam por razões culturais. ● Todos/as os/as jovens têm o direito de participar. ● As autoridades públicas devem ser responsáveis pelo financiamento e implementação de políticas de apoio à participação de jovens. ● Não participar é uma forma de participação. As afirmações podem ser escolhidas de acordo com os objetivos da sessão e o contexto da formação. Debriefing e Avaliação: 1. Como te sentiste durante este exercício? 2. Foi difícil escolher onde te posicionares? Porquê? 3. Que argumentos foram usados? Baseados em factos ou em emoções? 4. Quais foram mais eficazes? 5. Existem comparações entre o que as pessoas fizeram e disseram durante o exercício e o que fazem na realidade? 6. As afirmações são válidas? 7. O exercício foi útil? Porquê? Variações: 1. Em alguns casos, o exercício pode ser realizado sem permitir que os participantes falem. As afirmações podem ser propositadamente muito provocadoras, e os/as participantes terão de escolher um lado sem discutir as suas opiniões. Neste caso, durante a avaliação, deve-se dar especial atenção à frustração causada pela falta de comunicação ao expressar uma opinião. 2. Incentiva os/as participantes a assumirem uma posição clara em relação ao maior número possível de afirmações. |
Materiais, equipamento, infraestruturas necessárias | Flipcharts (uma página por afirmação) Marcadores |
Links para ferramentas online tools e recursos | A atividade pode ser realizada online, utilizando uma aplicação de videoconferência ou uma aplicação de documentos colaborativos (por exemplo, Google Docs ou Kahoot). |
Introduzi efetivamente o tema da participação juvenil e preparei o terreno para uma discussão aberta e honesta? Os participantes conseguiram compreender o objetivo do exercício e a sua relevância para as suas próprias experiências? |
As afirmações que selecionei foram apropriadas e interessantes para os participantes? Provocaram reflexão e discussão, sendo também relevantes para o contexto da formação? |
Forneci instruções claras e concisas para o exercício, garantindo que os participantes compreenderam a tarefa e as expectativas? Houve algum mal-entendido ou confusão que precisou ser resolvido? |
4. ESTUDOS DE CASO
Título | Orçamento Participativo Jovem de Cascais (OPJ) |
Resumo | O Orçamento Participativo Jovem de Cascais (OPJ) é uma iniciativa que promove o envolvimento cívico e a literacia financeira entre jovens com idades entre os 12 e os 18 anos. Estabelecido em 2016, permite que os/as estudantes decidam sobre os investimentos públicos locais. Através de estruturas inclusivas, os/as jovens participam em sessões de formação e processos de tomada de decisão colaborativa, propondo e votando em projetos para as suas escolas e comunidades. Cada escola recebe 10.000 euros para implementar os projetos vencedores. O OPJ envolve diretamente os/as estudantes em processos democráticos, fortalecendo a sua ligação com os/as responsáveis locais pela tomada de decisões e desenvolvendo competências essenciais, como liderança e trabalho em equipa, cidadania ativa e educação democrática. |
Resultado(s) de Aprendizagem Relevante(s) | O OPJ promove o envolvimento de jovens porque as aulas do OPJ formam os/as estudantes para liderarem o processo de projetos na escola, incluindo o desenho, a proposta, a discussão e a votação, empoderando-os e aprimorando as suas competências. O OPJ integra-se no quadro do orçamento participativo municipal – através das escolas e instituições educativas – permitindo que os jovens influenciem processos de tomada de decisão mais amplos. |
Objetivo do estudo de caso. Porque é relevante. Que questões aborda? Breve resumo da história do estudo de caso. | O OPJ de Cascais funciona de acordo com regulamentos municipais que apoiam o envolvimento cívico dos jovens. Trata-se de uma iniciativa distinta, mas estreitamente integrada no quadro mais vasto do orçamento participativo municipal. Participam 15 escolas e cada escola elege as “aulas OPJ”, compostas por alunos/as e professores/as formados/aas em educação não formal por uma entidade externa. Cada escola possui também um conselho de gestão, composto por cinco estudantes, um a dois professores/as, um membro da direção da escola e um membro da equipa municipal. Em termos numéricos, cada escola participante tem uma aula OPJ, totalizando 15 escolas envolvidas. Esta estrutura inclui inúmeros alunos/as e professores/as formados/as em processos democráticos. Os/as participantes do OPJ propõem, discutem e votam em projetos para as suas escolas e comunidades, sendo atribuído a cada escola um valor de 10.000 euros para a implementação dos projetos. O processo inclui sessões de formação sobre liderança, democracia e literacia financeira. Para garantir a inclusão de grupos vulneráveis, o OPJ faz esforços para incluir estudantes de diversas origens. São proporcionados formações e apoio para garantir que todos/as os/as alunos/aas possam participar efetivamente, incluindo os provenientes de grupos vulneráveis. As escolas e o município promovem a participação através de campanhas de sensibilização e formas acessíveis de reunião. Esta estrutura assegura um envolvimento juvenil amplo e inclusivo na governação local, promovendo uma compreensão mais profunda dos processos democráticos entre jovens de Cascais. |
Outros links para imagens, website, vídeos e informações adicionais. | https://youtu.be/-LeaP8yr7tE?feature=shared https://participa.cascais.pt/pages/620266bb61fda300a873a6d4 |
Pergunta | Resultados de aprendizagem abordados |
O estudo de caso demonstrou de forma eficaz como o programa OPJ promove o envolvimento de jovens através das suas atividades de formação e desenvolvimento de liderança? | (4) |
Até que ponto o programa OPJ assegura a inclusão e a participação de estudantes de diferentes origens? | (2),(4) |
Como é que o programa OPJ se integra no quadro mais amplo do orçamento participativo municipal? Proporciona um caminho claro para as vozes de jovens influenciarem a tomada de decisão local, além do nível escolar? | (3) |
Com base no estudo de caso, consegues identificar algum desafio ou obstáculo que o programa OPJ possa enfrentar na sua implementação? Como poderiam esses desafios ser abordados? | (1) |
Quais são as principais conclusões do estudo de caso do OPJ de Cascais que poderiam ser adaptadas e implementadas em outros contextos para promover a participação de jovens na governação local? | (4) |
Título | ‘Vlaamse Jeugdraad’ (Conselho Jovem Flamenco, FJF) |
Resumo | O ‘Vlaamse Jeugdraad’ (Conselho Jovem Flamenco, FJF) é o órgão consultivo oficial do Governo Flamenco em todas as questões relacionadas com crianças e jovens, bem como com as suas organizações na Comunidade Flamenga da Bélgica. Os seus objetivos são permitir que os/as jovens apresentem as suas opiniões aos decisores/as políticos/as, defender os interesses das organizações juvenis na Comunidade Flamenga e na Europa, e aconselhar o governo flamengo sobre temas relevantes relacionados com a política de juventude. Este conselho consultivo é reeleito a cada 3 anos durante uma eleição. |
Resultado(s) de Aprendizagem Relevante(s) | Compreender a estrutura e o papel dos Conselhos Jovens Locais. Adquire conhecimento sobre os princípios e modelos dos conselhos juvenis e como funcionam nas estruturas de governação. |
Objetivo do estudo de caso. Porque é relevante. Que questões aborda? Breve resumo da história do estudo de caso. | O FJF promove o envolvimento de jovens de uma forma significativa, emitindo conselhos por iniciativa própria. Em comités, grupos de trabalho e em outras reuniões, preparam posições e conselhos, que são apresentados à Assembleia Geral, fornecendo os resultados ao governo flamengo. Todos podem considerar as necessidades e opiniões dos/as jovens flamengos/as e os interesses do trabalho juvenil. O Conselho Jovem esforça-se por promover uma política amiga dos/as jovens no país, e o próprio quadro legal é projetado para promover a participação e a influência juvenil. O FJF tem o papel legal de aconselhar o governo flamengo sobre todas as questões relacionadas com a juventude e os direitos das crianças. Conta com 24 membros (entre os 16 e os 30 anos), consistindo em conselheiros eleitos, mas também em representantes internacionais da juventude para a UE e a ONU, e um grande grupo de voluntários empenhados. Os voluntários, conselheiros e representantes internacionais da juventude reúnem-se regularmente em grupos de trabalho, onde aconselham sobre temas como diversidade, bem-estar psicológico, educação, Europa e a ONU. O Conselho Jovem consiste em 16 conselheiros/as: 8 conselheiros/as juvenis e 8 conselheiros/as de organizações juvenis. Juntos formam o conselho consultivo. Representam as vozes de todas as crianças, jovens e organizações juvenis da Flandres. Reúnem-se mensalmente para votar sobre conselhos, discutir posições e tratar do trabalho político do Conselho Jovem Flamenco. Os ministros flamengos devem pedir o conselho do Conselho Jovem sempre que queiram tomar decisões que afetem crianças e jovens. Este Conselho opera de forma independente do governo flamengo, mas recebe financiamento deste para apoiar a sua operação e atividades. O FJF opera ao abrigo do Decreto sobre a Política de Juventude e Direitos das Crianças Flamengos, promulgado pelo Parlamento Flamengo. Este decreto fornece a base legal para a criação, funcionamento e responsabilidades do Conselho Jovem. Este decreto assegura que o conselho representa a diversa população juvenil da Flandres. |
Outros links para imagens, website, vídeos e informações adicionais. | https://vlaamsejeugdraad.be/en https://www.instagram.com/vlaamsejeugdraad |
Pergunta | Resultados de aprendizagem abordados |
Como é que o FJF assegura que o seu papel consultivo é significativo e impactante? | (4) |
Como é que o FJF promove a inclusão e a participação das diversas populações juvenis? | (4) |
Como é que o quadro legal do FJF apoia o seu papel como órgão consultivo junto ao governo flamengo? | (1) |
Com base no estudo de caso, consegue identificar desafios ou obstáculos potenciais que o FJF possa enfrentar no seu trabalho? | (2),(3),(4) |
Quais são as principais conclusões do estudo de caso do FJF que poderiam ser adaptadas e implementadas em outros contextos para promover a participação de jovens na governação? O modelo estrutural, os processos e o quadro legal do conselho podem servir de exemplo para outros órgãos consultivos juvenis? | (1),(2),(3) |
5. O QUE É NECESSÁRIO SABER
Title | Local Youth Councils – Analysis of Policy and Mechanisms |
---|---|
Type of resource | |
Short Description | The publication titled “Local Youth Councils – Analysis of Policy and Mechanisms” explores the role and effectiveness of Local Youth Councils (LYCs) in enhancing youth participation in decision-making processes across Europe. It compares the impact of LYCs in Estonia, Lithuania, Norway, and Portugal, analyzing their structures, challenges, and successes. The study provides recommendations and resources to improve youth engagement at the local level, aiming to foster more inclusive and impactful youth participation in governance. |
Link | Local Youth Councils PDF |
Relevant Learning Outcome | 5.1 |
Title | Models and mechanisms of youth engagement |
---|---|
Type of resource | |
Short Description | This publication sets the foundation for analyzing the engagement of young people in decision-making processes at the EU, regional, and local levels. It examines different models and mechanisms of youth engagement in Europe, including youth councils and direct policy collaboration. |
Link | Models and Mechanisms of Youth Engagement PDF |
Relevant Learning Outcome | 5.2, 5.3, 5.4 |
Title | Have your say! Manual on the Revised European Charter on the Participation of Young People in Local and Regional Life (2015) |
---|---|
Type of resource | |
Short Description | A collection of reflections and questions to help local workers in achieving meaningful participation of young people. |
Link | Have Your Say! Manual PDF |
Relevant Learning Outcome | 5.1, 5.2, 5.3, 5.4 |
Title | Quality Charter on Participatory and Inclusive Local Youth Councils |
---|---|
Type of resource | |
Short Description | A practical tool for local youth councils, youth workers, and municipality officers to evaluate and improve youth participation in councils, focusing on inclusivity and sustainability. |
Link | Quality Charter PDF |
Relevant Learning Outcome | 5.1, 5.2, 5.3 |
Title | Educate for Democracy Training Programme |
---|---|
Type of resource | |
Short Description | Focuses on citizenship education, bringing the concepts and values of democracy closer to young people in both formal and non-formal learning environments. |
Link | Educate for Democracy Training PDF |
Relevant Learning Outcome | 5.4 |
Title | European Youth Portal |
---|---|
Type of resource | Online Portal |
Short Description | Offers information and opportunities for young people to engage in European activities, including youth councils and strategic actions. |
Link | European Youth Portal |
Relevant Learning Outcome | 5.1 |
Title | Introduction to Youth Policy |
---|---|
Type of resource | Online Video |
Short Description | A video introducing the basic elements of youth policy. |
Link | Introduction to Youth Policy Video |
Relevant Learning Outcome | 5.1 |
6. APROFUNDAR
Title | Manual for Local Youth Councils |
---|---|
Type of resource | |
Short Description | This Manual is intended for the young members of the Local Youth Councils and the employees of the municipalities and serves as a guide for the establishment and functioning of the Local Youth Councils. It includes practical tips, steps, and recommendations on how to establish a functional youth council in municipalities in North Macedonia. |
Link | Manual for Local Youth Councils |
Relevant Learning Outcome | 5.1 |
Title | Understanding youth engagement in Europe through open data |
---|---|
Type of resource | Web article |
Short Description | Open data sheds light on the state of youth engagement in Europe. |
Link | Understanding Youth Engagement in Europe |
Relevant Learning Outcome | 5.1 |
Title | MEANINGFUL YOUTH POLITICAL PARTICIPATION IN EUROPE: CONCEPTS, PATTERNS AND POLICY IMPLICATIONS |
---|---|
Type of resource | |
Short Description | This study builds on research into youth political participation, offering insights into innovative forms of youth participation and policy implications. |
Link | Youth Political Participation Study |
Relevant Learning Outcome | 5.2, 5.4 |
Title | Local Youth Councils – Mapping Practices |
---|---|
Type of resource | |
Short Description | This publication gathers information about Local Youth Councils (LYC), focusing on their structure, goals, and impact, and compiles perspectives on their effectiveness. |
Link | Local Youth Councils – Mapping Practices |
Relevant Learning Outcome | 5.1 |
Title | The Vienna Children and Youth Strategy 2020 – 2025 |
---|---|
Type of resource | |
Short Description | This strategy, developed through consultations with over 22,500 young people, outlines the city’s vision and action plan for youth from 2020 to 2025. |
Link | Vienna Youth Strategy 2020-2025 |
Relevant Learning Outcome | 5.1, 5.3 |
7. VER EM AÇÃO
Illustrative video presenting the Quality Charter on participatory and inclusive Local Youth Councils | YouTube link |
Illustrative video explaining the structure, functioning, and development of Local Youth Councils | YouTube link |
This video describes briefly the necessary steps to build a youth policy strategy, from the vision to the activities, and provides one example. | YouTube link |
8. QUESTIONÁRIO DE AUTOAVALIAÇÃO
Pergunta | Resultados de aprendizagem abordados |
Sou capaz de explicar eficazmente os princípios e modelos fundamentais dos Conselhos Locais de Juventude (CLJ)? | (1) |
Sou capaz de identificar e aplicar ferramentas práticas para reforçar a participação de jovens, tais como o orçamento participativo e os planos estratégicos para a juventude? | (2),(3) |
Sou capaz de conceber um plano de ação estratégico para aumentar o envolvimento de jovens na tomada de decisões a nível local, garantindo a sua inclusão, sustentabilidade e alinhamento com as políticas locais? | (3) |
Compreendo os princípios de participação e liderança de qualidade no envolvimento de jovens, incluindo a transparência, a responsabilidade e a tomada de decisões partilhada? | (4) |
Sou capaz de analisar estudos de caso de conselhos de juventude bem sucedidos e identificar as principais lições e melhores práticas que podem ser adaptadas ao meu contexto local? | (1),(2) |
Estou confiante na minha capacidade de apoiar e liderar os conselhos de juventude, promovendo a sua eficácia e impacto na promoção da participação de jovens e do envolvimento cívico? | (1),(2),(3),(4) |