MÓDULO 1
INTERSECCIONALIDADE DO ÓDIO CONTRA AS COMUNIDADES DA DIÁSPORA
1. SUMÁRIO
Título do módulo | Interseccionalidade do ódio contra as comunidades da diasporta |
Resumo | Este módulo tem como objetivos: (a) desenvolver competências ao explorar as dimensões estruturais e institucionais da discriminação e a construção social de identidades moldadas por preconceitos de raça e género; e (b) desconstruir narrativas de ódio nos meios de comunicação e nas redes sociais que visam mulheres e indivíduos vulneráveis em comunidades da diáspora. |
Resultados de Aprendizagem | (1)Reconhecer as formas interseccionais de discriminação (raça, etnia, género, religião, classe, etc.) e como elas intensificam a opressão para as comunidades da diáspora, identificar discriminação estrutural e institucional e reconhecer barreiras sistémicas que perpetuam a desigualdade.
(2)Identificar narrativas de ódio e avaliar criticamente as representações das comunidades da diáspora nos media.
(3)Desconstruir narrativas tendenciosas para entender como os media podem perpetuar estereótipos, xenofobia e discurso de ódio.
(4)Desenvolver estratégias, tanto online quanto offline, para combater o discurso de ódio, estereótipos e discriminação, promovendo a inclusão. |
O seu Guia de Aprendizagem para o Módulo | Este módulo foi desenvolvido para fornecer uma compreensão abrangente de como as formas interseccionais de discriminação — como raça, etnia, género, religião e classe — se combinam para criar experiências complexas de opressão para as comunidades da diáspora. Os/as participantes vão explorar como essas identidades interseccionais moldam a representação e as experiências vividas nas comunidades da diáspora, com foco particular nas mulheres. Ao longo do módulo, serão introduzidos conceitos fundamentais, tais como as dimensões estruturais e institucionais da discriminação e da Interseccionalidade, para aprofundar a compreensão dos/as participantes sobre o contexto analítico. Os/as participantes analisam criticamente como as comunidades da diáspora são representadas nos media e nas plataformas online, a fim de identificar padrões de discurso de ódio e discriminação. Também aprendem estratégias para combater narrativas de ódio e desenvolver materiais criativos para desconstruir o discurso de ódio e promover a inclusão. Exercícios práticos, incluindo cenários de simulação, vão proporcionar a experiência prática relativa ao impacto da discriminação e ao desenvolvimento de respostas eficazes. Os/as participantes vão ter a oportunidade de partilhar experiências pessoais relacionadas com preconceitos de raça e género, ou, se preferirem, discutir experiências semelhantes vividas por familiares ou amigos. O objetivo principal é capacitar os/as participantes a tornarem-se agentes proativos de mudança, munidos de ferramentas que lhes possibilitem identificar desinformação e combater o discurso de ódio. Ao promover uma abordagem proativa e positiva ao envolvimento online, este módulo procura aumentar a conscientização digital e a confiança dos/as participantes. O módulo apresenta aos/às participantes ferramentas online para verificar factos, segurança online e reconhecer preconceitos, além de estratégias para apoiar jovens no uso responsável e seguro das redes sociais. O uso de ferramentas e materiais específicos para os contextos geográficos e linguísticos dos/as participantes vai ajudar a garantir familiaridade e envolvimento. Através de estudos de caso e discussões, os/as participantes aprendem a avaliar criticamente o conteúdo online e entendem como a discriminação estrutural e institucional perpetua o discurso de ódio. Eles também são incentivados a contribuir para ou iniciar campanhas online que promovam narrativas positivas e inclusivas. Testemunhos de líderes de organizações antirracismo vão poder ser incluídos para aprofundar a compreensão da Interseccionalidade e do discurso de ódio dentro dos contextos nacionais e locais. No final do módulo, os/as participantes terão adquirido uma compreensão detalhada da Interseccionalidade do ódio e da discriminação contra as comunidades da diáspora e terão desenvolvido habilidades para navegar pelo ambiente digital com confiança, consciência crítica e um compromisso com a promoção de mudanças positivas. |
2. FERRAMENTAS
Nome da Ferramenta | kNOwHATE |
Weblink | https://knowhate.eu/ |
Resultados Relevantes de Aprendizagem | Identificar narrativas de ódio e avaliar criticamente as representações das comunidades da diáspora nos media. |
Para que serve a ferramenta | Este projeto tem como objetivo combater o discurso de ódio online (DOO), oferecendo ferramentas e recursos para analisar, detetar e combater esse discurso, com um foco particular na língua portuguesa. A iniciativa visa aumentar a consciencialização pública e promover a colaboração entre interessados/as, incluindo organizações da sociedade civil e decisores políticos, para uma resposta mais eficaz ao discurso de ódio. |
Razão da escolha da ferramenta para este projeto | O projeto é adaptado ao contexto português e financiado pela Comissão Europeia, desenvolvido com o apoio do ISCTE (Instituto Universitário de Lisboa), Casa do Brasil, a Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR), a Associação ILGA Portugal (Intervenção para Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersex), e a SOS Racismo. |
Dicas para utilização eficaz | Esta ferramenta pode ser utilizada juntamente com GapMinder, HateLab, Sayfer. |
Nome da Ferramenta | Gapminder |
Weblink | https://www.gapminder.org/?fbclid=IwAR0K0fAHrJXKPosBOPhEb6i6T60ZqFIHq6SL46WVzQ7ZGC92qonhNZc2Ne4 |
Resultados Relevantes de Aprendizagem | Desconstruir narrativas tendenciosas para entender como os media podem perpetuar estereótipos, xenofobia e discurso de ódio. |
Para que serve a ferramenta | O Gapminder identifica equívocos comuns sobre tendências e proporções globais, usando dados confiáveis para criar materiais de ensino acessíveis que ajudam a dissipar esses mal-entendidos. Ao promover uma visão do mundo baseada em factos através de visualizações interativas de dados e kits educacionais, o Gapminder permite que usuários compreendam o mundo com base em factos, em vez de pressupostos ou desinformação. Capacita as pessoas a avaliar criticamente as informações, apoiando a tomada de decisões informadas e ajudando a reduzir a disseminação de desinformação. |
Razão da escolha da ferramenta para este projeto | O Gapminder simplifica dados globais complexos, tornando-os acessíveis e compreensíveis para ajudar os usuários a construir uma visão do mundo baseada em factos. As suas ferramentas interativas e apresentações visualmente apelativas permitem explorar tendências e comparações entre países e ao longo do tempo. Este recurso é especialmente valioso para educadores/as, estudantes e qualquer pessoa interessada em questões globais, pois promove o pensamento crítico e combate a desinformação ao oferecer dados confiáveis e transparentes. Com ênfase na narrativa visual, o Gapminder torna a aprendizagem envolvente e impactante, melhorando a literacia digital e a conscientização global. Os tópicos incluem a pobreza extrema, o aquecimento global, o trabalho doméstico, a migração, a qualidade da educação e o crescimento económico. |
Dicas para utilização eficaz | Comece com um quiz do Gapminder para desafiar as perceções prévias dos/as participantes. O quiz revela equívocos comuns sobre o mundo, despertando curiosidade e envolvimento. Use os gráficos interativos do Gapminder para visualizar tendências globais, como migração e saúde mental, e conecte essas informações a questões globais atuais que interessem os/as participantes — como as mudanças climáticas, a pobreza ou o impacto das redes sociais. Essa relevância torna a experiência de aprendizagem mais impactante. Peça aos/as participantes que trabalhem em pares ou pequenos grupos para analisar dados e apresentar as suas descobertas, promovendo competências de comunicação e aprendizagem colaborativa. Após explorar a ferramenta, realize uma discussão em grupo para refletir sobre os principais pontos e abordar quaisquer questões ou equívocos restantes, reforçando a aprendizagem e incentivando uma compreensão mais profunda. |
Nome da Ferramenta | Countering Hate Speech Online |
Weblink | Countering Hate Speech Online | Common Sense Education |
Resultados Relevantes de Aprendizagem | Reconhecer as formas interseccionais de discriminação e como elas intensificam a opressão para as comunidades da diáspora, identificar discriminação estrutural e institucional e reconhecer barreiras sistémicas que perpetuam a desigualdade. Desenvolver estratégias, tanto online quanto offline, para combater o discurso de ódio, estereótipos e discriminação, promovendo a inclusão. |
Para que serve a ferramenta | Os seres humanos, por natureza, procuram conexões sociais e afiliações a grupos, mas essa inclinação pode, por vezes, fomentar a desconfiança em relação àqueles que estão fora desse grupo. Esse medo — xenofobia — pode ser superado através de uma maior exposição a pessoas diversas. No entanto, a internet pode, às vezes, complicar esse processo. Ajude os/as participantes a reconhecer esse desafio e a desenvolver estratégias para navegar pelo conteúdo online de forma eficaz. Objetivos: ● Explicar a conexão entre discurso de ódio e xenofobia. ● Analisar como a internet contribuiu para o aumento do discurso de ódio e das visões extremistas. ● Identificar como usar a internet para combater uma forma específica de discurso de ódio. |
Razão da escolha da ferramenta para este projeto | Esta plataforma oferece definições, lições independentes e materiais sobre várias manifestações de ódio. Serve de guia acessível para jovens, pais e professores, permitindo que compreendam e se envolvam nesse fenómeno através de vídeos, quizzes e histórias. |
Dicas para utilização eficaz | Começar com o quiz e os vídeos permite que os usuários avaliem o seu conhecimento e compreensão sobre o fenómeno. As lições autodidatas proporcionam uma experiência de aprendizagem imersiva, enquanto o glossário de termos relevantes incluído auxilia no esclarecimento sobre diferentes formas que o ódio pode assumir, garantindo que a informação esteja bem alinhada. |
3. ATIVIDADES
Título da atividade 1 | Criar materiais criativos contra o discurso de ódio |
Objetivo da Atividade | Criar materiais criativos que desafiem o discurso de ódio e promovam a inclusão de pessoas nas comunidades da diáspora. |
Duração | 90 minutos |
Online, presencial ou híbrido | Presencial e/ou Online |
Preparação para a atividade | (1) Comece relendo relatórios sobre tendências nas redes sociais relacionadas com a desinformação e o discurso de ódio que afetam as comunidades da diáspora, particularmente as mulheres. Use essas informações para analisar criticamente e desconstruir narrativas prejudiciais. (2) Em seguida, compile uma lista de posts em redes sociais que podem servir como modelos para disseminar mensagens positivas. Forneça exemplos claros ou perguntas orientadoras para incentivar os/as participantes a pensar criticamente sobre as suas descobertas e inspirar a produção de conteúdo criativo. Garanta que cada grupo tenha acesso a dispositivos ligados à internet (laptops, tablets ou smartphones) e forneça materiais como canetas, papel e post-its para brainstorming e anotação. Estabeleça regras claras de conduta online, especialmente ao tratar de conteúdo sensível. Esteja atento aos desafios potenciais, como dificuldades em encontrar tipos específicos de conteúdo ou problemas técnicos e prepare planos de contingência ou atividades alternativas para os grupos que possam encontrar obstáculos. Durante toda a atividade, esteja pronto para oferecer orientação e garantir que todos os grupos permaneçam focados e empenhados. |
Como implementar a Atividade. Passo a passo. | 1. Explique como as redes sociais podem servir como uma plataforma para discurso de ódio, mas também como uma ferramenta poderosa para combater a discriminação (5 min). 2. Divida os/as participantes em pequenos grupos de 4 a 10 pessoas. Cada grupo gera ideias para materiais de redes sociais contranarrativas que desafiam o discurso de ódio contra as comunidades da diáspora (20 min). 3. Oriente os grupos de modo que estes se foquem nos seguintes aspetos: ● Qual é a mensagem que eles querem transmitir? ● Quem é o público-alvo? ● Quais são os elementos visuais, hashtags ou slogans eles usarão? 4. Os grupos criam um storyboard para os seus materiais contranarrativas (5 min). 5. Cada grupo usa ferramentas de design (por exemplo, Canva) para criar gráficos, vídeos ou memes. Os/as participantes que preferirem arte visual tradicional podem digitalizar o seu trabalho posteriormente. Todo o conteúdo criativo deve transmitir de forma eficaz contranarrativas que desafiem o discurso de ódio (30 min). 6. Após concluir esta parte da atividade, os grupos apresentam os seus materiais ao grupo (10 min). 7. O grupo pode então discutir como implementar esse material na vida real, possivelmente através de páginas de redes sociais escolares ou plataformas comunitárias (15 min). 8. Encoraje os/as participantes a refletir sobre como o seu conteúdo pode amplificar as vozes das mulheres das comunidades da diáspora e ajudar a desconstruir narrativas de ódio (5 min). |
Dicas para a formação | Adote o papel de facilitador/a em vez de formador/a tradicional. Encoraje os/as participantes a explorar e descobrir de forma independente, oferecendo apoio e orientação conforme necessário. Essa abordagem capacita os/as jovens a assumir o controle da sua aprendizagem e aumenta o seu envolvimento no processo. Fomente discussões inclusivas que incentivem todos/as a participar, respeitando diferentes pontos de vista. Ao abordar tópicos sensíveis, como o discurso de ódio ou a desinformação, garanta que as conversas permanecem respeitosas e construtivas. Mantenha uma atitude positiva e entusiástica durante toda a atividade, fornecendo instruções claras e concisas em cada etapa. Verifique se os/as participantes compreendem as tarefas antes de avançar. Mantenha-se flexível, ajustando a atividade ao ritmo, compreensão e empenho do grupo. É aconselhável usar ferramentas e materiais adaptados ao contexto geográfico e linguístico dos/as participantes para fomentar maior familiaridade e envolvimento através da linguagem. |
Materiais, equipamento, infraestruturas necessárias | Os/as participantes devem ter acesso às plataformas de redes sociais, seja em dispositivos pessoais ou em telas compartilhadas na sala de aula. Eles também devem ter acesso ao Canva ou a outras ferramentas de design gráfico online nos seus dispositivos pessoais ou computadores na sala. Além disso, deve fornecer canetas, marcadores coloridos, adesivos, tesouras, cadernos e folhas para trabalhos criativos práticos. |
Links para ferramentas e recursos online | Ferramentas online indicadas acima. |
De que forma os/as participantes se envolveram e como contribuíram de maneira reflexiva para as discussões, demonstrando sentido de responsabilidade e interesse nas atividades? |
De que maneiras os/as participantes demonstraram uma maior conscientização e compreensão sobre o discurso de ódio e a desinformação nas redes sociais, particularmente no contexto das comunidades da diáspora? |
De que maneiras os/as participantes foram capazes de desenvolver estratégias eficazes para criar contranarrativas que desafiam o discurso de ódio, e como aplicaram o pensamento criativo durante todo o processo? |
Título da atividade 2 | Atividade de representação da discriminação |
Objetivo da Atividade | Envolver os/as participantes em cenários de representação para experienciar como a discriminação afeta os indivíduos e como responder a ela. |
Duração | 90’ minutos |
Online, presencial ou híbrido | Presencial ou Online |
Preparação para a atividade | Pergunte aos/as participantes o que sabem sobre identidades, discriminação estrutural e institucional, mais especificamente: (1) se conseguem definir discriminação, discurso de ódio e Interseccionalidade; e (2) se acreditam que esses problemas ocorrem apenas devido a um fator específico (como género, origem étnica, religião ou origem cultural) ou se se tornam mais graves quando múltiplos fatores se combinam. Recolha as suas opiniões e convide os/as participantes a consultar esses conceitos em dicionários e a escrever as suas definições. Após esta recolha, explique brevemente o conceito de interseccionalidade e como identidades sobrepostas (por exemplo, ser mulher, migrante ou pessoa racializada) podem levar a experiências de discriminação mais complexas. Se o ambiente for seguro e acolhedor, considere pedir aos/as participantes para partilharem as suas experiências de discriminação que tenham presenciado, especialmente relacionadas com a raça e género. Inicie uma discussão sobre como os meios de comunicação podem perpetuar estereótipos ou narrativas negativas, especialmente sobre mulheres em comunidades da diáspora. Apresente exemplos dos media, como artigos de notícias, postagens em redes sociais, podcasts e vídeos com mulheres de comunidades da diáspora. O objetivo é identificar os estereótipos negativos associados às populações da diáspora, especialmente em relação às mulheres. |
Como implementar a Atividade. Passo a passo. | 1. Divida a turma em pequenos grupos e forneça a cada grupo um cartão com um cenário descrevendo uma situação de discriminação ou discurso de ódio online. Por exemplo, uma mulher de uma comunidade migrante enfrenta ódio online por usar roupas tradicionais, ou um estudante enfrenta comentários racistas e sexistas na sala de aula devido à sua etnia e género (20 min). 2. Cada grupo irá planear e encenar o seu cenário, focando-se em como a pessoa-alvo se pode sentir e como os observadores ou aliados poderiam intervir (30 min). 3. Após a apresentação de cada grupo, conduza uma discussão em grande grupo sobre os seguintes tópicos (40 min): ● Que estratégias foram eficazes para combater o ódio? ● Como os preconceitos estruturais contribuíram para a discriminação retratada no cenário? ● Que ações podem ser tomadas para evitar essas situações no futuro? |
Dicas para a formação | Adote o papel de facilitador/a em vez de instrutor/a tradicional. Encoraje os/as participantes a explorar e descobrir de forma independente, oferecendo apoio e orientação conforme necessário. Essa abordagem torna os/as jovens mais fortes e confiantes no controle da sua aprendizagem e aumenta o seu envolvimento no processo. Fomente discussões inclusivas que incentivem todos a participar, respeitando os diferentes pontos de vista. Ao tratar de tópicos sensíveis como discurso de ódio ou desinformação, garanta que as conversas permanecem respeitosas e construtivas. Mantenha uma atitude positiva e entusiasta durante toda a atividade. Forneça instruções claras e concisas em cada etapa e verifique se os/as participantes entendem as suas tarefas antes de prosseguir. Mantenha-se flexível, ajustando a atividade ao ritmo, compreensão e envolvimento do grupo. Também é aconselhável usar ferramentas e materiais adaptados ao contexto geográfico e linguístico dos/as participantes para melhorar a familiaridade e o envolvimento através da linguagem. |
Materiais, equipamento, infraestruturas necessárias | Acesso às plataformas de redes sociais (Instagram e TikTok), seja em dispositivos pessoais ou via telas compartilhadas em ambiente de sala de aula. |
Links para ferramentas e recursos online | https://expresso.pt/sociedade/2023-06-18-Anuncio-da-PSP-na-mira-do-racismo-O-que-esta-um-preto-a-fazer-na-policia-portuguesa–82e70a20 https://www.publico.pt/2017/10/09/impar/noticia/acusada-de-novo-de-racismo-dove-retira-publicidade-a-gel-de-banho-1788145 https://www.dw.com/pt-002/racismo-no-futebol-em-portugal-marega-abandona-relvado-sob-gritos-de-macaco/a-52405013 A ferramenta mencionada na atividade anterior também pode ser utilizada para criar contranarrativas. |
De que formas os/as participantes se envolveram e como contribuíram de maneira reflexiva para as discussões, demonstrando sentido de responsabilidade e interesse nas atividades? |
De que maneiras os/as participantes demonstraram uma maior conscientização e compreensão sobre o discurso de ódio e a desinformação nas redes sociais, particularmente no contexto das comunidades da diáspora? |
De que maneiras os/as participantes foram capazes de desenvolver estratégias eficazes para criar contranarrativas que desafiem o discurso de ódio, e como aplicaram o pensamento criativo durante todo o processo? |
4. ESTUDOS DE CASO
Estudo de Caso | Cláudia Simões |
Resumo | Cláudia Simões é uma mulher de origem africana que se tornou um símbolo proeminente de violência policial e discriminação racial em Portugal após um incidente ocorrido em 2020. O caso recebeu grande atenção mediática, pois destacou questões de racismo, brutalidade policial e o tratamento de indivíduos negros e outras comunidades marginalizadas na sociedade portuguesa. |
Resultado(s) de Aprendizagem Relevante(s) | os/as participantes vão ser capazes de identificar os riscos da desinformação e o reforço de estereótipos negativos em torno do caso de Cláudia Simões. Vão desenvolver competências críticas para detetar o discurso de ódio e a desinformação nas narrativas mediáticas sobre violência policial, particularmente em casos envolvendo comunidades marginalizadas. Além disso, os/as participantes vão compreender a importância de avaliar fontes e perspetivas para desafiar estereótipos prejudiciais e defender uma representação precisa e inclusiva sobre justiça racial e brutalidade policial. |
Objetivo do estudo de caso. Porque é relevante. Que questões aborda? Breve resumo da história do estudo de caso. | Em janeiro de 2020, Cláudia Simões envolveu-se numa altercação com um polícia na Amadora, uma cidade perto de Lisboa, conhecida pela sua grande população imigrante. O incidente começou quando Simões estava num autocarro com a sua filha de 8 anos, que se tinha esquecido do seu cartão de transporte (comumente usado para pagar a tarifa de autocarro). Surgiu um conflito entre Simões e o motorista, o que levou a chamar a polícia. De acordo com Simões e testemunhas, o agente de polícia que respondeu à ocorrência escalou a situação de forma violenta. Ela alegou que o polícia a agrediu, arrastando-a, batendo-lhe e insultando-a verbalmente enquanto estava detida. Simões relatou ter sido brutalmente tratada à frente à filha, e o caso rapidamente gerou atenção mediática e indignação pública, particularmente por parte de ativistas antirracismo e organizações de direitos humanos. |
Outros links para imagens, website, vídeos e informações adicionais. | https://expresso.pt/sociedade/justica/2024-07-01-caso-de-agressoes-na-amadora-tribunal-condena-claudia-simoes-e-agente-da-psp-a-penas-suspensas-69366291 https://www.instagram.com/p/C-IbwMRo_FP/?igsh=dDQ4MXdmaG4xd3Jp |
Perguntas | Resultados de aprendizagem abordados |
Como é que os/as participantes demonstraram a sua compreensão dos riscos associados à desinformação e aos estereótipos negativos relacionados com o caso de Cláudia Simões? | (1) & (3) |
De que forma a discussão aprimorou a capacidade dos/as participantes em identificar o discurso de ódio e a desinformação nas narrativas mediáticas sobre violência policial? | (2) |
Com que eficácia os/as participantes se envolveram no pensamento crítico sobre as dinâmicas sociais e raciais envolvidas no caso de Cláudia Simões? | (3) |
Que estratégias propuseram os/as participantes para combater a desinformação e promover representações precisas das comunidades marginalizadas nos meios de comunicação social? | (4) |
Como podem as perceções obtidas a partir deste estudo de caso ser aplicados a outros casos de violência policial e injustiça racial em diferentes contextos? | (3) & (4) |
5. O QUE É NECESSÁRIO SABER
Title | RADIKA. Guia para uma educação anti-racista |
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Type of resource | |
Short Description | The RADIKA model serves as an effective framework for anti-racist education, particularly in the context of initiatives aimed at addressing these issues with children in Portugal. |
Link | Click Here |
Relevant Learning Outcome | (1) |
Title | HIT Curriculum on Human Rights and counteraction of hate speech & behaviour against migrants Tips for Facilitators |
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Type of resource | |
Short Description | Tips for Facilitators Training Children and Young Adults on Key Issues Related to Hate Speech, Treatment of Migrants, Xenophobia, Discrimination, and Intolerance: |
Link | Click Here |
Relevant Learning Outcome | (2) and (3) |
Title | Anti-Racist Guide |
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Type of resource | site |
Short Description | This document serves as a resource for anyone seeking to broaden their understanding of anti-racism and become actively involved in combating racism, specifically in relation to anti-Blackness. |
Link | Click Here |
Relevant Learning Outcome | (1-2) |
Title | Anti-Racist Evaluation Strategies: A Guide for Evaluation Teams |
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Type of resource | |
Short Description | This guide was created to help evaluation teams enhance their awareness of racism in the evaluation process and to implement strategies for conducting anti-racist evaluations. |
Link | Click Here |
Relevant Learning Outcome | (1-2) |
6. APROFUNDAR
Title | The danger of a single story |
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Type of resource | video |
Short Description | Novelist Chimamanda Adichie shares her journey to finding her authentic cultural voice and warns that hearing only a single narrative about another person or country can lead to critical misunderstandings. |
Link | click here |
Relevant Learning Outcome | (1) |
Title | Humanæ |
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Type of resource | site |
Short Description | Humanæ is an ongoing photographic project by artist Angélica Dass that offers an unusually direct reflection on skin color. It aims to document humanity’s true colors, challenging the inaccurate racial labels of “white,” “red,” “black,” and “yellow.” |
Link | click here |
Relevant Learning Outcome | (3) and (4) |
Title | Declaration for Human rights for children |
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Type of resource | Translated into Portuguese |
Short Description | |
Link | click here |
Relevant Learning Outcome | (1) |
Title | Trans-Atlantic Slave Trade – Database |
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Type of resource | platform |
Short Description | The Trans-Atlantic Slave Trade Database is a comprehensive online resource that catalogs the millions of enslaved Africans forcibly transported across the Atlantic Ocean to the Americas from the 16th to the 19th centuries. |
Link | click here |
Relevant Learning Outcome | (1) |
Title | Racism in Portuguese |
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Type of resource | site |
Short Description | A site about colonialism and racism |
Link | click here |
Relevant Learning Outcome | (2) |
7. VER EM AÇÃO
Doll Test: The “Doll Test” is a psychological experiment conducted in the 1940s in the U.S. to assess the degree of marginalization experienced by African American children due to prejudice, discrimination, and racial segregation. Today, we are recreating the test with Italian children in response to the significant increase in migration trends in Europe in recent years. | click here |
Eu, empregada doméstica 30″ da Preta Rara TEDxSãoPaulo: Preta Rara holds a degree in History and teaches the subject. She is also a rapper and activist who became a spokesperson for domestic workers in Brazil after founding the Facebook page “Eu Empregada Doméstica.” | click here |
8. QUESTIONÁRIO DE AUTOAVALIAÇÃO
Pergunta | Resultado de Aprendizagem |
Quais foram os principais insights que adquiri sobre os impactos históricos e contemporâneos do discurso de ódio e da discriminação em comunidades marginalizadas? | (1) |
Como posso aplicar o conhecimento e as habilidades adquiridas para identificar e desafiar a desinformação e os estereótipos negativos dentro da minha própria comunidade? | (2) |
Como posso contribuir para fomentar a inclusão e promover narrativas positivas sobre migrantes e grupos marginalizados em minhas interações diárias? | (3) |
Como a compreensão de estudos de caso como o de Cláudia Simões me ajudam a reconhecer a importância da empatia e da defesa de direitos no combate das injustiças sociais? | (1) & (2) |
Que estratégias posso implementar para envolver outras pessoas em discussões sobre o racismo, a xenofobia e a intolerância e como posso incentivá-las a agir? | (3) & (4) |
Como posso utilizar os recursos e ferramentas fornecidos neste módulo para criar mudanças significativas em minha escola ou comunidade em relação às questões do discurso de ódio e da discriminação? | (4) |